Naquela noite, às vésperas da cirurgia de vesícula, fui dormir com uma certeza, precisava trocar de obstetra.
Fiz a cirurgia, foi um sucesso, no mesmo dia quando cheguei do centro cirúrgico, tomei uma água de coco e a dor havia desaparecido. Eu estava em êxtase, nem acreditava que aquele pesadelo havia ficado para trás.
Passado o furacão de sofrimento comecei a refletir na piada que havia ouvido do meu obstetra. Quem me conhece sabe o quão cuidadosa eu sou com a minha gravidez, sou chata mesmo, acho ruim tomar até os remédios que o médico passa. Me alimento super corretamente, na gravidez de Ana Beatriz, só engordei 7KG. Aquele médico me acompanhava há 7 anos, ele me conhecia, sabia quem eu era, como eu me cuidava, o quão eu preservo o meu bebê. Jamais iria encarar um procedimento cirúrgico sem que houvesse real necessidade. Me lembrei que há poucos meses atrás havia saído uma notícia de um problema que havia ocorrido com o meu médico e que eu considerei uma fatalidade, defendi ele nas redes sociais com unhas e dentes. Fui atrás do relato da paciente dele e percebi que o que ele fez com ela foi bem semelhante ao que havia acontecido comigo. Em ambos os casos ele achou que o que relatávamos a ele era "manha", que não era tão ruim quanto pintávamos e não deu a devida atenção. Infelizmente a outra paciente teve sequelas maiores do que a minha. Se dependesse da atenção dele provavelmente eu chegaria em um ponto onde a cirurgia não seria mais possível e a gravidez também não devido ao meu estado físico tamanha era minha debilitação.
Comecei a questionar a cesárea de Ana Beatriz, várias coisas começaram a passar pela minha cabeça e aí conversando com Paulo Cesar apareceu na minha vida "O RENASCIMENTO DO PARTO"
Um blog para relatar a minha história e como tomei a decisão de um VBAC (em português, PNAC parto normal após cesárea) domiciliar. Aqui serão aceitos todas as opiniões e relatos de experiências com VBAC e partos normal ou não. Só não serão aceitos comentários desrespeitosos. Somos mulheres e temos opção de decidir o que é melhor para cada uma de nós. Minha opção é minha e não condeno ninguém por essa ou por aquela decisão. Somos donas dos nossos corpos e devemos poder decidir sobre ele.
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